às vezes dou por mim a perguntar como teria sido se não tivesses partido. foste-te embora na mesma, mas eu queria-te aqui comigo. pergunto-me se tudo aquilo que vivemos não teve significado para ti. afinal, foste o meu primeiro, fui a tua primeira. e dizem que os primeiros amores não se esquecem. tu próprio disseste que daqui a trinta anos te lembrarias de mim, que irias até falar no meu nome aos teus filhos e netos. tal como receava, foram só mais frases feitas do teu escasso vocabulário. esqueceste-te de tudo, do quão fortemente lutei por ti, esqueceste-te que fui tua namorada, uma melhor amiga, e até do papel de mãe que fazia só para te ver cada vez te tornares melhor. mas os meus esforços não serviram de nada, em vez de melhorar, decidiste regredir, mas nem te vou julgar por isso. só espero que comeces a escolher melhor as palavras, não uses a palavra "amo-te" quando na verdade não o sentes, não finjas mais os teus sentimentos, eles podem vir a magoar mais corações para além do meu. mudaste a minha vida, fizeste-me ver o quão fraca posso ser, tornei-me numa pessoa que nunca imaginara ser. mas hei de guardar a chave do meu coração, escondê-la, para que mais ninguém faça com ele aquilo que tu fizeste. prometi que não choraria mais por ti, prometi que não escreveria mais nada sobre ti. mas olha para mim, neste momento estou a escrever com os olhos em lágrimas aquilo que ainda sinto mesmo sabendo que nunca o vais ler. só espero que o tempo seja meu amigo, e que faça com que todas as lembranças que tenho de ti desapareçam, aparentemente contigo resultou mutio rápido. mas porque demora mais comigo? a resposta é simples. para mim foste o tal, para ti fui só mais uma.
texto de 16-09-2011
é impressionante como os (meus)
sentimentos ainda não mudaram
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